ENTREVISTA AO RICHIE, VOCALS DE FOR THE GLORY!

ENTREVISTA AO RICHIE,
VOCALISTA DE FOR THE GLORY

Pergunto-me por vezes da veracidade da expressão: O que é Nacional é bom! No entanto, as conclusões chegam depressa... não só é bom, como muitas vezes é Muito bom! Provas? É fácil! Os For The Glory! Já cá andam há uns anitos e são uma das bandas Hardcore com mais provas dadas em Portugal! Após algumas mudanças na formação da banda, os For The Glory apresentam-se agora como uma banda sólida e com trunfos na manga! O CD está a ser preparado e vai com certeza ser uma bomba! Mas para saber melhor sobre o que se está a passar com os FTG, porque não falar directamente com o Richie, o homem que dá voz a este projecto!

***************

4TheKids: Hey Richie! Antes de mais obrigado pela ajuda e disponibilidade! É sempre um prazer falar contigo e desta vez não é diferente, ainda para mais no contexto em que é! Mas, indo ao que realmente interessa, porque não começas por nos responder àquela pergunta que se faz sempre: Quem são os For The Glory!?

Richie FTG: For The Glory é uma banda de hardcore, que começou por ser um pouco de todo o lado mas que realmente é baseada em Lisboa, cidade que acolhe os nossos ensaios e cidade na qual demos o nosso primeiro concerto, na altura com um line up no qual constava Rui Brás (Twenty Inch Burial), Sérgio Bernardo (Criminal Waste), Miguel Correia (Endless Road, What Went Wrong, Men Eater, Riding Panico), Apolinário Correia (Endless Road, Devil In Me), Ricardo Dias (Time X, Day Of The Dead, What Went Wrong). A banda começou como um projecto paralelo, uma brincadeira que tomou uma proporção maior do que a que estavámos à espera. Desde cedo lutámos por uma cena hardcore diferente, mentalidades diferentes que deixassem de julgar ou de fazer o que era correcto e errado, político ou burro... Simplesmente queríamos uma banda com energia, que pudéssemos escrever sobre o que nos passava na alma. Gravámos uma demo que viria a ser regravada com quatro temas novos no que viria a ser chamado o mcd Drown In Blood. Depois foi só tocar e ir passeando, aproveitando as oportunidades e divertir ao máximo. Com o passar dos tempos houve pessoas que não foram aguentando ou simplesmente acharam que realmente FTG não era a banda em que queriam tocar; como amigo não empata amigo e como bom amigo está lá nos bons e maus momentos, fomos aceitando as decisões de cada. O Poli saiu, o Mike saiu, foi entrando o João Daniel (ex-Criminal Waste, que tocou 2 shows connosco), entrou o Ricardinho dos 20IB que nos ajudou nuns shows, o Mike voltou à banda, o Rui saiu da banda, o João de Killing Frost ajudou nuns shows e numas tours. A banda sempre continuou na sua cena até à procura da pessoa mais complicada que é um baterista, tipo batemos com a cabeça em tudo quanto era sitio porque para nós a pessoa que iria a ficar com o lugar teria de ter mais que uma boa cena musical, teria de ter um carácter pessoal e um à vontade para poder partilhar um sonho, ter bom coração! Eis que apareceu o Cláudio (Genoflie/Solid Impact). Foi na altura que fizemos uma tour com ele no verão de 2006 com o seguinte line up: Mike, Sérgio, João, Ricardo e Cláudio. Tudo perfeito nesta tour, mas o Mike achou que não poderia continuar e então saiu, tínhamos agora o problema de ter de encontrar um baixista e um guitarrista. Até que o Rui voltou para a banda e com ele trouxe o JP (20IB, Shoal, Liberation, As Good as Dead) e de momento é o line up que temos. Estamos sólidos e com muito bom ambiente entre todos. Parece que voltámos a fazer a banda de novo, como se fossemos pela primeira vez tocar ao vivo! haha. Os novos For The Glory são: Rui Brás, JP, Sérgio, Cláudio e Ricardo.

4TheKids: Sei que tiveram uns momentos complicados e chegou a fazer-se um "último" concerto, mas que felizmente acabou por não o ser! Que mudanças é que resultaram destas tempos conturbados e até que ponto é que isto alterou a identidade dos For The Glory?

Richie FTG: Estávamos a passar por uma fase complicada, desde a saída do Poli que a banda estava a passar por uma fase complicada, tínhamos estado lentamente a deixar de fazer as coisas, deixávamos de conversar e a nossa relação como amigos começou a distanciar-se, ficávamos tempos sem falar uns com os outros, o que antigamente fazíamos muito... houve uma altura que já não dava para continuar, mas recebemos imenso apoio de toda a cena hardcore que nos fez pensar duas vezes e tentar mudar, fazer com que a música passasse um pouco para segundo plano dando prioridade à nossa relação como amigos, ao fim ao cabo não rende ter uma banda por ter, rende ter bandas quando te divertes com os teus amigos. Fizemos de tudo para poder beneficiar a nossa relação pessoal, e conseguimos manter uma amizade forte e novo, com o pessoal a entrar de novo estamos a voltar ao que éramos, estamos a ensaiar e paramos o ensaio para conversar, jantamos juntos temos outra relação de novo… para além da música!
Quando as coisas são forçadas simplesmente não resultam, e como no trabalho se tens um patrão chato que esta sempre a controlar, não vais gostar dele. Se for um patrão que até te deixa controlares e orientares o teu trabalho, vais-te sentir melhor e mais confortável... nós não queríamos que a banda mandasse nas nossas vidas, mas era o que estava a acontecer e quando nos apercebemos já era tarde demais, já estávamos a ficar tão vidrados na banda que não tínhamos noção dos problemas das vidas uns dos outros... como disse em cima agora estamos a levar as coisas de forma diferente, estamos mais velhos, mais conscientes, não temos de provar nada a ninguém, não queremos encher Wembley, não tocamos a música ou temos uma banda porque queremos ser conhecidos, apenas nos queremos divertir uns com os outros e viajar, trocar experiências e passar ideias, é isto! haha

4TheKids:Então e o novo disco que já está aí na calha? O que nos podes dizer sobre ele?

Richie FTG: O novo disco vai ter cerca de 11 músicas, já esta a ser preparado ao nosso passo, não temos aquela pressa de mostrar trabalho, mas queremos criar cenas novas, queremos meter cenas novas nas músicas de FTG, não vamos mudar o som totalmente, apenas queremos fazer a música que gostamos... Vai ser um disco de hardcore! Tem já algumas músicas feitas, tem letras e tem nome… Tenho uma ideia para o disco, a ideia é o disco rodar à volta do dinheiro, da falta de ética e da competição doentia, um disco que fala sobre a dificuldade de ser sardinha e lutar num mundo com muitos barcos de arrastão, compreendes? Um disco focado para aspectos mais reais, mais mundanos, mais dia a dia… muita emoção e sobre os nossos sentimentos de raiva, repugnância em relação ao Mundo em geral e ao Mundinho do Hardcore onde todos parecem ter telhados de vidro.

4TheKids: Deram ai 3 concertos, dois em Portugal e um em Espanha, e sei que pelo menos dois deles tiveram um significado especial, um por ser num fest de Hardcore sem precedentes em Portugal e o outro por ter sido com uma banda que deu o seu último concerto! Queres-nos contar como foi?

Foi muito bom poder tocar ao lado de grandes amigos como os No Turning Back, Zero Mentality e Teamkiller, conhecer pessoal novo de outras bandas e poder partilhar experiências! O concerto do Algarve teve um significado especial, foi o último show de Pointing Finger, banda straightedge de Faro que já estava ai a tocar há anos. Fico feliz por eles estarem envolvidos noutras bandas, o Diogo fazer zines e cenas assim, a chama deles não morre.

Ir a Vigo é sempre bom, nunca tínhamos lá tocado com FTG, mas já lá tinha estado com outras bandas, o pessoal de Vigo representa bem a cena e mantêm vivo o hardcore na Galiza. Amei o show e o feeling!

Decidimos que ao fim destes três concertos iríamos parar até o nosso disco estar pronto. Temos mesmo de acabar o disco senão estamos a adiar uma cena, e as pessoas já esperam por um disco há 3 anos hahah Posso dizer que agora estamos mesmo dedicados ao disco de ftg, o disco vai ser um bom disco!

4TheKids: Sendo os For The Glory uma banda Hardcore, conta-nos como é o processo de lançar um disco para uma banda com as limitações normais numa cena underground! E mesmo a nível geral quais são as dificuldades que sentem, ainda para mais num país pequeno como Portugal?

Richie FTG: É fácil, como tudo no Mundo o dinheiro manda e como tal, nós não somos ricos, não temos dinheiro para poder bancar um disco inteiro, temos de juntar, esperar pela altura certa das nossas vidas e depois pimba: gravar! hahah É complicado poder gerir o tempo e o dinheiro que temos.. É tudo muito em cima do joelho, sabes?

Sei que por exemplo não há muitas salas em Lisboa que aceitem shows de hardcore e são muito caras, numa cena onde há poucas pessoas a irem a shows é complicado marcar shows bons em salas caras, nenhum promotor ou banda quer perder guita a marcar um show... eu não vejo dificuldades, porque também fui trabalhando e pouco me queixando, faço o que posso e o que me deixam, não me vendo, não estou venda! hahaha

4TheKids: E por falar na cena nacional, como é que encaras actualmente o estado do Hardcore em Portugal? Temos tido bons shows ultimamente com bandas lá de fora, mas fora os grandes nomes que têm vindo a Portugal, como achas que as coisas se passam cá dentro!? Há união entre as bandas? Ainda há o verdadeiro espírito DIY ou isso já passou à História?

Richie FTG: Espírito DIY posso falar por nós, eu sei que FTG mantêm a ética DIY, eu trato dos shows, tratamos do merch, dos alugueres das carrinhas, das cenas todas da banda... perdemos dinheiro muitas vezes mas mesmo assim amamos o que fazemos, não temos uma máquina de dinheiro atrás de nós a decidir o que queremos fazer ou a dar ordens. Se me perguntares se existe uma cena forte em Portugal, eu tenho pena em dizer que não existe, não vejo fanzines, não vejo distros nos shows (tirando no Algarve), vejo tudo a ser levado muito banalmente. Há uns anos atrás quando comecei a ir a shows, Juke Box e Ritz Club, chegavas a sala dos shows e vias uma data de cenas, com bancas de informação, cenas que cativavam os miúdos, que retiam as suas atenções nem que fosse por breves instantes para poder levar mais para casa que emoções de um show de música. Criava-se um laço entre um gajo novo e toda uma atmosfera de concerto de hardcore, a nossa cultura vai se perdendo, mas também os tempos vão mudando e as coisas deixam muitas vezes de fazer sentido para muita gente...

União entre as bandas? Ok, nós em FTG respeitamos todas as bandas, queremos boa onda, respeitamos ideias (straightedge, vegan, whatever)... como banda não temos essas ideias implícitas nas nossas letras, mas não quer dizer que não partilhemos de algumas ideologias! Fui aprendendo ao longo dos tempos a lidar com diferenças (musicais, estilos de vida), as pessoas são mais que rótulos. Temos de viver para além desses rótulos e dos diferentes estilos de vida e saber respeitar o espaço de cada.

Sei que há bandas que não querem tocar com FTG porque somos “mauzões” e etc, mas acho que quem se dá com a malta sabe bem que não somos metade do que pintam, gostava de desmistificar esse culto de que somos os “tuffs” á nossa volta!

4TheKids : Há uns tempos circulavam uns comentários menos positivos acerca da banda que como sabemos eram mentiras! Como é que vocês se sentem com este género de coisas? Como achas que é a melhor maneira de lidar com essas mentiras?

Richie FTG: Estás a falar do boato de FTG ser uma banda de extrema-direita e com ligações à extrema-direita? FOR THE GLORY é uma banda que não tem orientações politicas, nenhum dos membros de FTG é de extrema-direita e não é apoiante de extrema-direita, somos uma banda que preza o respeito por todas as cores, todas as raças, todas as formas de amar e quem querem amar. Respondendo as más-línguas, For The Glory não é uma banda de direita, nem tem ligações à direita como podem querer fazer parecer… lá porque não passamos a vida a falar que o mundo está mal e não sei quê, não quer dizer que não tenhamos as nossas ideias do que realmente sentimos sobre o Mundo à nossa volta. Durante todos estes anos a ouvir hardcore, aprender com bandas, fui criando uma maneira de pensar muito própria, o que tu fazes com a tua vida só a ti te deve respeito, por muito que mandem pedras e areia para os nossos olhos continuamos a fazer o que de melhor fazemos: tocar e aprender uns com os outros. Podemos mudar a nossa vida, e podemos tentar mostrar a quem nos está mais próximo o que mudámos, mas impingir o nosso estilo de vida é errado.

4TheKids: Ultimamente vêm-se muitas caras novas nos concertos! No entanto são muitas vezes miúdos que estão lá no concerto X porque é de uma banda mais conhecida e depois no outro, que é uma banda com mais história, mas menos conhecida, não os vês lá! Como é que encaras este fenómeno? É algo negativo apenas, ou achas que desses miúdos há uns que até se interessam por isto e por isso há é que acolhê-los e tentar passar-lhes a mensagem?

Richie FTG: Todas as pessoas novas deveriam ser mais que acolhidas, se vieram por bem podem vir... se vierem 50 putos matrecos e se deles 4 saírem com a ideia que hardcore é mais que música, é um estilo de vida... está mesmo bom! Todos nós já passámos por isso, a aceitação numa tribo diferente. Ninguém tem o direito de julgar nada, nem de atirar pedras porque todos têm telhados de vidro e o passado é algo que não apagamos... Vamos mudando, transformando, aprendendo! Gostava que mais miúdos viessem e que se questionassem sobre tudo o que se passa à sua volta, viessem falar com as bandas, trocar ideias. Porque realmente se eles forem ao show e só virem gajos ao pontapé e pessoal a voar tipo super-homem pode-lhes cativar muito, mas também gostava que a parte mais extra musical fosse com eles para casa!

Não curto quando está povo sempre a “lookin down” nos miúdos novos, porque não dançam com estilo ou whatever, são esse tipo de “personagens” (como muita gente diz) que mantém por vezes os concertos com mega pica, porque se um gajo vai a contar com elites do core e manientos, deixou de ser uma festa hardcore e passou a ser um funeral haha E venham aos shows e tragam mais amigos, muito amor para todos!

4TheKids:Dismistificando agora alguns mitos... Há muita gente que julga o pessoal que ouve Hardcore como miúdos violentos, quase como se se tratassem de membros de gangues! Depois vêm a forma como os concertos se desenrolam e muitas vezes, por não compreenderem, ficam com uma ideia ainda pior! O que pensas destas generalizações?

Richie FTG: Para gostarmos de música agressiva e dançar da forma como se dança é fácil perceber porque as pessoas pensam, todos nós temos problemas nas nossas vidas e a música hardcore serve para isso mesmo, um mundo à parte onde podemos fazer o que queremos, uma cena que pode ser a nossa plataforma de elevação mental, as letras são reais com as quais muita gente se identifica, por isso é normal os miúdos ficarem loucos com certas bandas. O Martijn, uma vez a falar comigo, disse uma cena que é verdade: apesar de aparentarmos ter uma vida fixe e quê, para termos bandas de música pesada é porque há assuntos que não nos saiem da cabeça e pelo qual esta é a nossa maneira de mostrar a nossa revolta com o Mundo com os problemas! Muita gente prefere música superficial para pensar numa cena falsa que não existe, numa falsa felicidade, a nós, os putos do core, preferimos falar do real, do que se passa à nossa volta… e as pessoas acham que somos agressivos, porque o Mundo não é um sitio muito belo, com a quantidade de merda que se passa e por isso, se calhar, o caos eminente nos shows faz com que por momentos esqueçamos tudo! A nossa casa, a nossa família resume-se àquelas quatro paredes e à banda que está no palco a cantar letras que resumem a nossa vida...

4TheKids: Muita gente não percebe algumas das dicas e referências que fazes em relação a grupos de hip hop nos concertos! Na última fornada de Merch de For The Glory há até uma shirt que é claramente uma referência aos clássicos RUN DMC! Mas, e como estava a dizer, há muita gente que não percebe esta relação Hardcore e Hip Hop, queres-nos transmitir a tua visão sobre estes dois mundos?

Richie FTG: Estou a escrever esta entrevista ao som de Halloween. Eu, o Rui e o Cláudio somos gajos que gostamos de hip hop, o C faz beats e produz umas cenas de rap, temos uma ligação forte, que eu há anos atrás julgava não ser possível, mas acho que as culturas são tão parecidas (não estou a falar daquela cena rap gangsta bling bling), a forma de propagação da mensagem e da música através de mixtapes, demos, cenas de autor. DIY!! O hip hop nasceu das ruas, o hardcore nasceu das ruas… música de contestação, daí a alusão a uma cena clássica de rap, podia ter feito uma com o logo de NWA a dizer “staight outta lisbon” mas ya fica para a próxima! Hahaha

Adoro ouvir um bom hip hop tuga tal como Dealema (e os seus projectos a solo) Sam the Kid, Valete, Nigga Poison, Sindicato Sonoro, Rey, Bob Da Rage, Twism, entre outros como é óbvio! Este amor que eu comecei a criar em relação ao hip hop foi através do meu bro Meireles, ele de certa forma mostrou-me cenas, fui gostando da cultura, agora vou na descontra a uma festa de rap como se fosse a um show de core, tás a ver?

4TheKids: Sabendo que és um gajo sempre actualizado no que diz respeito não só a hardcore, mas também em boa música, diz ai aquilo que neste momento consta do teu Top 10!

Richie FTG: Epá, de momento tenho ouvido pouca coisa, ouço muito os mesmos discos e sempre, coisas que me marcaram… mas posso dizer que ando a ouvir muito os seguintes artistas: Sam The Kid, Halloween, The Killers, Mundo Cão, Ignite, World Collapse, Jedi Mind Tricks, Immortal Technique, Valete, No Warning, Ragmen, Get Up kids, Madball, Terror, Zero Mentality, Ramallah. Foi apenas umas das bandas que tenho ouvido. Eu ouço muita música, gosto de várias coisas! hahah

4TheKids: Mais uma vez obrigado pela disponibilidade! É bom ver que ainda há quem lute pelas cenas em que acredita e que não tenha medo de dizer isto ou aquilo só porque pode cair mal a algumas pessoas! A melhor das sortes para For The Glory e para ti!

Richie FTG: Bro Mário, tu sabes bem que este teu projecto é fundamental para uma boa educação e introdução à nossa cena hardcore, no tempo que eu comecei a ouvir core, havia fanzines, havia mais info... nesta era virtual o teu trabalho e desempenho é que merece um sincero obrigado. Por isso obrigado por fazeres este blog com info sobre tudo, sobre hardcore, sobre a vida, sobre as tuas ideias... continua com o bom trabalho e muito obrigado por me deixares mostrar um pouco de mim e da minha banda às pessoas. Um abraço para todos os que sempre estiveram lá para FTG, que nunca nos viraram as costas nestes 3 anos e tal, que apesar de estarem sempre a ver as merdas a mudar, estiveram lá e ficaram e partilharam o seu amor! Todas as pessoas do Algarve, Porto, Lisboa, Margem Sul, Loures, etc... one love!



Entrevista por xCUNHAx

Fotos retiradas do myspace de For The Glory

WAKE UP AND LIVE 7 OUT NOW!!!

Finalmente a WAKE UP AND LIVE 7 está nas ruas!!

Contém: Go It Alone, True Colors, Hoods Up, Go For Broke, Broken Distance e uma antiga,mas ainda assim hilariante, entrevista com os In My EyesErik que foi publicada na Anarchy's fanzine.
E mais as habituais entrevistas e textos..
Full size, 44 páginas, copiada, cortar e colar.




Preço de Cada Zine: 2 € + Portes

PORTES EUROPE WORLD
1 zine € 2,30 $ 4,5
2 to 3 zines € 3,85 $ 7,5
4 to 7 zines € 6,35 $ 16
8 to 15 zines € 9,90 $ 27

SPECIAL PRICES FOR EUROPEAN DISTRO'S

as usual we're doing special packs of 7 and 15 zines with postage paid, trying to get the most advantage of postage rates

pack of 7 zines: 17 euro
pack of 15 zines: 30 euro


Pra mais info contactem o mail: narcisos@gmail.com

Festa do 2º Aniversário da I CAN C U


O 2º aniversário da I CAN C U acontece já no próximo domingo, 29 de Abril, pelas 15h (matiné) na Associação de Músicos de Faro. O evento conta com a participação das bandas (descrição abaixo) DAY OF THE DEAD, MEN EATER, UNFAIR, MY CUBIC EMOTION e BROKEN DISTANCE. Vamos também ter uma demonstração de bike e skate por 4 desportistas de Faro no intervalo das bandas, altura em que vamos sortear merchandise da I CAN C U e das bandas
participantes no aniversário.

Obrigado a todos os que contribuiram para estes 2 anos de (in)sucessos e esperemos vê-los novamente no dia 29 de Abril de 2008... e em todos os shows até lá... PORQUE NADA SE CONSTROI SOZINHO.

O site está a ser actualizado lentamente mas em breve estará 100% operacional... passem por WW.ICANCU.ORG para ter acesso às ultimas novidades. Em breve iremos ter os ultimos reviews, novas fotos e mais novidades escaldantes... Vemo-nos por aí!


*DAY OF THE DEAD*

Num ano em que New Winds e Pointing Finger fecham as portas, os DAY OF THE DEAD continuam mais activos que nunca. Ainda a apresentar o ultimo trabalho 'A new healing process', editado o ano passado, eis que regressam a Faro, 3 anos após a sua ultima passagem pela Associação de Músicos, para provar porque ainda são uma referência na música rápida em Portugal. Actualmente são já considerados uma banda de culto para muitos e a mais antiga banda straight-edge a passar palavra no nosso país. Palavras para quê?

*MEN EATER*

A banda-sensação de 2007 vem a Faro promover o seu mais recente registo 'Hellstone', editado este ano pela Raging Planet. Com uma formação que conta com elementos e ex-elementos de projectos como Riding Panico, Black Sunrise, For The Glory, What Went Wrong e New Winds, estão aí para mais uma descarga de música rock (forte e agressiva, como manda a lei!), após 2 magnificas interpretações como banda-suporte à passagem dos CULT OF LUNA pelo nosso
país.

*UNFAIR*

Uma das bandas algarvias que mais palcos pisou em 2006, regressa para apresentar os novos temas que irão figurar no novo EP que a banda se encontra a preparar após algumas semanas em gravações nos estúdios de Miguel Marques (EASYWAY). Uma das apostas da I CAN C U nestes dois anos de existência, nunca decepcionou ninguém e todos viram esta banda em grande
ascencão nos ultimos tempos. Após um retiro dos palcos para iniciar o processo de gravações, onde 'apenas' abriram para The Temple, Ho-Chi-Minh e Houdini Blues (!!), ei-los de volta para mais uma forte dose de emo-rock como todos bem conhecem.

*MY CUBIC EMOTION*

Outra banda que saltou forte nestes ultimos 18 meses, foram os MY CUBIC EMOTION, chegando a um patamar onde já se encontravam projectos como ONE HUNDRED STEPS e HILLS HAVE EYES. Este projecto do Pombal, vem a Faro pela primeira vez apresentar a sua música rock numa agenda bem preenchida onde fizeram parte de alguns cartazes bastante interessantes a nível nacional, onde se pode destacar a primeira parte de EASYWAY e MORE THAN A THOUSAND no Paradise Garage.

*BROKEN DISTANCE*

A unica banda straight-edge algarvia e, a par de À CARA PODRE, a única banda hardcore activa no Algarve. Com membros de bandas como Pointing Finger e Kontrattack, vêm pisar novamente o palco da Associação de Músicos num mês em que vêm POINTING FINGER a cessar funções. Ainda no rescaldo do seu primeiro EP, editado no ultimo semestre de 2006 pela TAKE THE RISK, ei-los de volta para mais um show suado como apenas eles sabem fazer.

por Rafael Rodrigues (23-04-07)

25 de Abril: 33 Anos Depois

"No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.

Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que despoletava a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.

O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.

O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada."

Passaram-se 33 anos desde então! Mudou muita coisa, mas muita continuou na mesma, nada que se estranhe neste mundo do faz-de-conta que liga mais às aparências do que às realidades de facto!

Ainda assim o 25 de Abril aconteceu! Apesar de toda a parafernália militar o único sangue derramado foi pelas mãos da PIDE, a polícia de repressão do Estado que incapaz de aceitar a vontade do povo disparou rajadas de metralhadora contra os populares que se reuniam no Largo do Carmo! Não fossem estes e o único vermelho nas ruas seria o dos cravos que os soldados levavam nas suas armas, numa revolução feita sem disparos nem feridos!

Infelizmente, hoje tem-se tendência a esquecer isto! Todos se lembram do Eusébio no Mundial de 66, mas ninguém sabe quem foi o Salgueiro Maia de 74! Entristece-me ver que as gerações que vieram esqueceram tão depressa o acontecimento que nos permite estar aqui hoje a falar neste fórum... o acontecimento que nos permite discutir os nossos pontos de vista e falar abertamente sobre política! Ainda assim aproveitam a data para celebrar confundido dois conceitos que apesar de semelhantes em muito diferem no significado: liberdade e libertinagem!

O 25 de Abril foi a luta pela primeira! Uma liberdade consciente sediada na união e fraternidade entre os cidadão, e NÃO em libertinagem, comportamentos abusivos e injustificados! Sinceramente não me preocupa que o façam ( cada uma sabe de si ) mas incomoda-me que se use o 25 de Abril para alguns destes devaneios!


Apesar de nunca ter vivido no período da ditadura e ter nascido em 86 com uma democracia razoavelmente sólida considero-me, consciente do que o 25 de Abril representou! 33 Anos não é assim tanto tempo e preocupa-me ver os avanços de algumas facções políticas e o facto de cada vez menos jovens da minha idade saberem o que foi o 25 de Abril. Esta foi realmente uma vitória do POVO português, maior do que será a vitória de qq campeonato mundial de futebol ou algo do género!

Para concluir, deixo-vos apenas uma frase de Salgueiro Maia quando questionado por um antigo colega de escola que era agora jornalista sobre se estava com os ultras de direita ou com o movimento dos capitães:
- Não tiveste há uns tempos uns problemas com a Censura que até tiveste que ir para Moçambique? ( o colega assentiu ) Então eu estou aqui para que nunca mais, ninguém tenha que sair do País por aquilo que diz, faz ou pensa!"

Amigos, o 25 de Abril foi isto: LIBERDADE

PS: apesar de tentar manter o meu blog apolítico e centrar-me na divulgação do Hardcore, há coisas que não posso deixar passar! O 25 de Abril é uma delas!

Promoção (24 de Abril 2007)

ICanCU apresenta:
Keep Walking + 100 Surrados + Pee Jama
Dia 28 de Abril @ Teodósios Bar (Albufeira) pelas 22 Horas com Entrada Livre



ICanCU apresenta no seu SEGUNDO aniversário:
Day Of The Dead + Men Eater + Unfair + My Cubic Emotion + Broken Distance
+ Cenas
Dia 29 de Abril na Ass. Músicos (Faro) pelas 16 Horas.



LVSW apresenta o STREET WAR FEST
com Uma porrada de bandas
Dias 5 e 6 Maio na Academia de Linda a Velha com Entrada Livre!
As Portas abrem ás 14h e os concertos começam às 15h.




Paradise Café apresenta:
From Now On + Hell In Heaven + 13 Degrees to Chaos
Dia 5 de Maio @ Paradise Cafe (Alcochete) pelas 21:30 por 3€!



Blacksunrise apresentam:
O SEU NOVO ÁLBUM
Dia 11 de Maio no Culto Club (Cacilhas/Almada) por 3 € às 21Horas
com a banda FordGodsFake (ex-Shrapnel)




@ Centro da Juventude das Caldas Da Rainha,
dia 12 de Maio pelas 22Horas por 3€!



Eme/InsuRGENCY apresenta:
MAD + No Good Reason + Disastro-Sapiens
Dia 13 de Maio no Espaço - Centro de Desastres (LX)
pelas 17:30 por 3 Euros!

Ratos do Porão em Portugal


A Xuxa Jurássica Produções tem o prazer e a honra de apadrinhar o regresso a Portugal dos veteranos Ratos de Porão.

No ano em que comemoram 25 anos de carreira, a mais importante banda punk/hc brasileira vai marcar presença em Portugal no próximo dia 27 de Abril para um concerto exclusivo no Cine-Teatro Ginásio Clube de Corroios (MAPA).

Esta será uma das três únicas datas que a banda brasileira reservou para a Europa que, além de servir para celebrar 1/4 de século de carreira, servirá também para apresentar o seu mais recente trabalho de originais, o 29º, "Homem Inimigo Do Homem", editado no passado ano de 2006.

A acompanhar a banda neste seu regresso a terras lusitanas estarão os portugueses Devil In Me, que aproveitarão também eles a oportunidade para dar a conhecer o seu segundo trabalho de originais "Brothers In Arms" e os Simbiose e Ho-Chi-Minh.

O inicio está marcado para as 20h e a entrada é de 20€ (antecipado) ou 22€ (no dia).

Os bilhetes encontram-se à venda nas lojas FNAC, Abreu, Ticketline, Reservas: 707234234, Carbono, Bar Boca do Inferno e no dia e local do evento.

Marquem nas vossas agendas mais um grande evento a não perder!!

www.xuxajurassica.com

Queres uma shirt do Hell Xis Festival?

A morada está na foto!
A loja abre ás 11 horas (não me lembro a que horas fecha)
Fica numa rua paralela à Avenida Almirante Reis, pelo que aconselho saírem na estação dos Anjos (Linha Verde).

Grankapo


OS GRANKAPO ESTÃO A PREPARAR UMA MINI TOUR EM PORTUGAL PARA APRESENTAR O NOVO EP.
SE OS PUDERES AJUDAR A MARCAR UMA DATA NA TUA ZONA CONTACTA-OS ATRAVÉS DO MAIL INFO@HELLXIS.COM

Merch Disponível dos Grankapo:




EP "Rollin Ya Headz!!!" - 5 euros








T-shirts "Grankapo" - 10 euros
Cor: Preto ou Vermelho
Tamanhos: do S ao XXL








Girlie shirts - 10 euros
Cor: Preto
Tamanho: S e M






+ Pins a 1 Euro cada ( com 5 designs diferentes)

Para encomendarem enviem um mail para info@hellxis.com .
Receberão a encomenda em casa e pagam no destinatário.
Os custos de envio serão adicionados ao valor da encomenda, por isso tentem encomendar coisas com valor total de mais de 10€ senão pagam mais de portes do que da encomenda.

E para finalizar:

GRANKAPO @ Hell Xis Fest 13 April 2007


No Way Out Podcast #1


Podcast de hardcore com cerca de 15 minutos de música antiga e outra mais recente. Selecção a cargo de Tiago Amorim

Podes fazer o download em: No Way Out Podcast-001

Review a PF + ZM + FTG @ Faro 15/04/07

Tentando aplicar o velho brocardo “se a montanha não vai a Maomé, vai Maomé à montanha” pensei que se os miúdos não vão aos shows, estava na altura de levar os shows até aos miúdos! Assim e como referi aqui num post anterior fui entregar uns flyers de um concerto em Faro para junto da minha antiga secundária! Os resultados? Em vez dos habituais dois gajos de sempre nos concertos a representar São Brás tivemos 5 pessoas! Pode não parecer muito para alguns, mas o certo é que as maiores caminhadas começam-se com apenas um passo!

Mas continuando, no seguimento disso pedi a algum desse pessoal que foi comigo que me escrevesse algo para publicar aqui no blog sobre a experiência! O Diogo foi o primeiro a responder ao meu desafio e aqui está a sua experiência, sem rodeios nem tretas, apenas a sua visão sincera de quem não precisa de agradar ninguém da “cena” ;)

-----------------------------------------------------

Matiné Hardcore

Com Pointing Finger, Zero Mentality e For The Glory

Domingo, 15 de Abril as 16h, Associação de Músicos em Faro.


Antes de mais convêm apresentar-me: chamo-me Diogo, tenho 17 anos e sou de São
Brás (terra do meu mano xCUNHAx).

O meu primeiro concerto de Hardcore…Sendo que o Hip-Hop é algo onde eu me movimento melhor, decidi aceitar um convite do meu amigo xCUNHAx. Juntámos mais algum pessoal de cá, São Brás de Alportel e fomos até Faro à Associação de Músicos.
Chegámos em cima da hora marcada mas visto que houve uns contra-tempos o concerto começou mais tarde.

Sensivelmente perto das 17h entrámos e quase de imediato Pointing Finger subiam ao palco para dar, ao que parece, o seu último concerto. Pessoalmente Pointing Finger, foi uma banda que me cativou a atenção, fiquei surpreendido com a mensagem que trouxeram. Apesar de não entender as letras nem perceber o que cantavam, senti bastante a sua música e fiquei atraído pelas palavras que o vocalista expôs ao público nas transições entre as músicas. Enquanto durou o concerto esteve sempre envolvido num cenário de completa “loucura”, referindo esta palavra no seu lado positivo. Durante esta primeira actuação não escondo o meu receio quanto ao “mosh” pois como era a primeira vez que fui a um concerto de HxC senti-me até com um certo medo de me envolver, apesar de mais tarde eu esquecer esse receio.


Depois da actuação, aliás, da excelente actuação de Pointing Finger e de uma breve pausa, entraram em cena os Zero Mentality que, pessoalmente, não me atraíram muito. Sinceramente não captei bem a mensagem do grupo e de certa forma ignorei a atitude deles por me parecer um pouco rude, não que o fosse.
No entanto, vi que o pessoal mais experiente sentiu a música e vibrou comesta actuação. De longe eu via o “mosh” em que o ganda maluco do xCUNHAx participou com o Gil e o Oliver (pessoal da nossa zona)


Depois de um intervalo de 15 minutos aproximadamente, entrou em palco, o que para mim foi o melhor grupo presente, falo claro dos For The Glory. A sua mensagem positiva, tanto quanto os Pointing Finger captou a minha atenção logo desde o início e fez-me pensar sobre uma questão: Hip-Hop e Hardcore… Dois movimentos diferentes ou semelhantes?
A única resposta que encontrei foi que tanto o Hip-Hop como o Hardcore são movimentos que apelam às liberdades, que excluem as diferenças, além de que
notei bem que há algo de muito positivo nestes dois movimentos, a sua mensagem que abrange diferentes grupos etários, sociais, etc.
Voltando ao concerto dos For The Glory, adocei, senti o som, a sua mensagem era bastante clara, como já evidenciei ainda há pouco, não percebia muito bem o que o vocalista cantava, o nível de som também poderia ser melhor, mas para uma associação que tem vindo a sobreviver com poucos apoios o sistema de som esteve bom, se bem que poderia estar melhor. Depois deste pequeno a atitude dos For The Glory revelou ser bastante positiva e sem duvida fizeram uma actuação de deixar o pessoal com a cabeça na lua. Sem duvida alguma que são uma banda com muito por dizer e muito para dar aos nossos ouvidos.

Quanto ao público que ainda falei pouco, foi um concerto que me surpreendeu pela positiva, porque geralmente o pessoal “de fora” tem uma imagem negativa dos concertos de HardCore. Juro que fui para lá a pensar que ia chegar com a cabeça aberta ou algo do género, nada disso… Ideia completamente absurda e ignorante da minha parte.
Cada público tem uma determinada maneira de sentir o som, dependentemente do tipo de música que se houve e ao contrário do que poderia pensar o público não é violento e mostrou-me que Hardcore é total liberdade.
Em suma, foi um concerto positivo, excelentes grupos (pena o grupo Kontrattack não ter actuado, porque apesar de não os conhecer a nenhum nível as bandas que actuaram deixaram-me uma boa impressão), boa convivência e uma experiência que se possível gostava de voltar a repetir.

Obrigado mano Mário

Kalibre

-----------------------------------------------------

Da minha parte não é preciso agradecer! Ehehehe

Já agora, visitem o myspace do Kalibre em



Newsletter 4TheKids

Queres estar sempre a par do que se passa no blog? Então aproveita e subscreve a nossa newsletter para receberes as novidades mais importantes no teu mail!
















Grupos Google
Subscreva para 4 The Kids
Email:












Review ao HELLXIS FEST!

HellXis Fest @ Corroios (dia 13 de Abril de 2007)

Com Grankapo, For The Glory, Zero Mentality, TeamKiller, No Turning Back, Full Blown Chaos e Terror

12 Horas! Já estou em Faro à espera do pessoal como me havia sido pedido! Como bons tugas que somos, salvo uma ou outra pessoa, o resto dos corajosos que iam na “excursão” para Lisboa iam chegando com uns minutinhos de atraso! Nada a que já não esteja habituado (pessoalmente prefiro esperar do que fazer esperar por mim) … o tempo passou-se enquanto trocava umas palavras com o Bica! Ao contrário do que havia sido planeado a excursão foi reduzida a 2 carros que partiriam de Faro! É “engraçado” ver como tanta gente gosta de Terror e quando eles cá vêm e existe uma forma facilitada de os ir ver, muito pessoal opta por ficar de fora! São as ironias da vida … mas caguem nisso, o que interessa é que os poucos que de facto mostraram interesse não deixaram de ir! Assim, passado um bom bocado do meio dia lá arrancámos em dois carros para Corroios!

5 Pessoas num carro! Pessoalmente não conhecia ninguém … gajo pouco sociável como sou receava que a viagem se tornasse um martírio! Pelo contrário, revelou-se uma experiência agradável! Ehehe Apesar do aperto, passados alguns quilómetros o pessoal já ia em amena cavaqueira! De facto deu-me para pensar que se calhar até sou gajo para me aventurar um dia destes para Ieper ou assim! Ahahah

Passadas cerca de 6 Horas, muitos camiões e uns quantos contratempos (damn … e que contratempos) lá chegámos a Corroios por volta das 19 horas! Mesmo a tempo de chillar um pouco, meter a conversa em dia com os old friends e ver as bandas todas! Ehehe

Assim foi, depois de estar por lá na conversa com o Hermano e com o Sam lá entrei para o recinto! É um espaço amplo com tudo o que de bom e mau isso acarreta! O palco era alto e tinha como que dois andares (bom para o pessoal dar o belo do passeios antes do stage dive). Logo à entrada estavam dos dois lados mesas com merch! Pessoalmente sou fã dos espaços pequenos, mas aquilo era Terror e nem se colocam dúvidas quanto à escolha do local, claro! Como veria mais tarde a casa estava muito bem composta!

Os concertos começaram então com cerca de meia hora de atraso! O que é praticamente sem atraso! Fosse sempre assim e estava eu bem! Lol Assim sendo, os Grankapo começaram a abrir as hostes! Apesar de serem jovens já calejados nisto do hardcore, era o seu segundo concerto enquanto banda! Este facto aliado a um som que não era dos melhores ( não o som da banda, mas a qualidade do som em si ) fez com que o público permanecesse o concerto todo praticamente parado, exceptuando uma ou outra pessoa que já se mexiam! Tiveram um set curto (assim tinha que o ser, até porque eram 7 bandas ) mas deu para abrir o apetite! Pessoalmente até gosto do som da banda e acho que com o tempo e mais uns concertos já vamos ver pessoal a mexer-se ao som de Grankapo!

Em seguida vieram os For The Glory! Esta banda que já dispensa apresentações mostraram o porque de serem a banda mais importante na cena Hardcore nacional e meteram o pessoal todo a mexer-se! Ele eram singalongs, stagedives, chapada à antiga … muito miudagem nova a curtir e a mostrar que os For The Glory são sem dúvida a banda do momento! O set foi bom e cantaram-se algumas novas malhas do Cd que está para vir! A nova formação é irrepreensível e o Richie sabe como cativar o pessoal! As dicas que mandou entre músicas conseguem marcar a diferença e são a prova que o Hardcore ainda se preocupa com o que se passa à nossa volta e que é mais que um grupo de miúdos aos berros.

Acabou FTG e vieram o Zero Mentality! Já tinha visto esta banda da Alemanha e quando os vi em palco nem pareceram os mesmos que tinha visto há uns anos! Ainda assim foi um bom concerto! Felizmente para quem os acompanha há mais tempo e prefere a fase do In Fear of Forever eles tocaram muitas músicas antigas … Não conseguiram puxar pelo pessoal, é certo, mas curto das músicas deles e curti ainda mais vê-los em Faro no Domingo seguinte ( para ser honesto nem prestei muita atenção ao concerto deles lol ).

Depois entraram os TeamKiller! Conhecia há muito pouco tempo mas até não desgostei do que tinha ouvido! O set já foi mais comprido e já houve uma maior adesão por parte do público! Não foi um concerto excelente, mas deu para curtir!

Em seguida No Turning Back! Deve ter sido a segunda vez que os vi num ano e mesmo assim não me canso! Foi um grande concerto e mais uma vez foi o caos no pit! Apesar de alguns problemas no som convenceram e isso deu para perceber pela reacção das pessoas! O vocalista deu uma lição sobre Hardcore quando falou do seu sonho de dar a volta ao mundo … sonho que já concretizou!

Antes do prato final vieram ainda os Full Blown Chaos! Não gostei … achei chato fora um ou outro momento! Fazem um metal com partes beatdown e cá para mim aquela voz não pega! Fizeram um cover de Sepultura e pouco mais há a assinalar sobre este concerto … o pessoal queria era ver Terror!

Por fim, a banda que todos esperavam e pela qual muitos tinham ido ali! Era a terceira vez que estavam marcados vir a Portugal, mas desta vez a sua presença estava confirmadíssima! Começaram logo em grande com um ALWAYS AGAINST THE ODDS e o pessoal ficou logo berzerk! Era Terror ao vivo e a cores! Foi a confusão das confusões e até o gajo disse que eram todos doidos! Na segunda ou terceira música houveram uns probs com os microfones mas acabaram por ser resolvidos (sinceramente não curti muito a atitude do gajo … com maiores ou menores dimensões aquilo era um concerto de Hardcore e shit Happens dude! ) Mas show must go on e assim foi! Tocaram umas quantas do Underdogs e outras tantas novas! Sinceramente prefiro as antigas mas o pessoal pareceu não se importar! Eu decidi ficar para o lado a ver o caos acontecer e a ver a quantidade de stages dives que iam ali ter ( surpreendentemente ninguém se aleijou muito lol ) Foi um frenesim durante todo o show e apesar do som não estar grande coisa o pessoal cagou nisso e curtiu à grande! Foi um bom concerto!

Podia estar aqui a escrever mais cenas, mas caga nisso, vejam por vocês próprios como foi:

Final do festival o pessoal queria era ir para casa! Despedi-me do pessoal amigo que é sempre bom encontrar nos concertos e lá fomos para mais umas 5 horas de viagem! Calhou-me a mim o papel de manter o motorista acordado! Eheh A viagem fez-se bem sem contratempos de maior e cheguei a casa são e salvo!

Evidentemente não posso esquecer de dar os parabéns à Hell Xis por este evento de grande envergadura! Espero que a iniciativa se repita! Parabéns também à ICANCU pela iniciativa ainda que lograda de organizar a excursão e espero que não desistam de tentar por as cenas nem sempre correrem bem! Obrigado ainda ao pessoal que ia no carro comigo e espero voltar a vê-los aí pelos concertos!

Agora em jeito de resumo :

+++++Bons Concertos

++++ Ver tudo à “porrada” ( é sinal que o pessoal estava a gostar )

+++++ Organização e Adesão do Pessoal ( cerca de 400/500 pessoas segundo ouvi dizer )

+++++ Estar com o pessoal amigo e conhecer algum peepz que apesar do contacto pela net ainda não conhecia

+++++ Viagem de Carro e não ter vomitado de nervoso! AHAHA

+++++ Sala sem muita poluição visual! :D

+++ Merch

-- Full Blown Chaos

--- Há pessoas que insistem em fazer merda e criar conflitos nos concertos!

--- Contratempos na viagem!