FELIZ ANO NOVO!




NESTA PASSAGEM DE ANO,

SE CONDUZIRES, NÃO BEBAS!

E NÃO TE ESQUEÇAS ...

AMIGOS NÃO DEIXAM QUE AMIGOS QUE BEBERAM CONDUZIREM!


Dados os conselhos ...

FELIZ 2007 Peepz!!!!!

Promoção (30/12/2006)

Mesmo com o gostinho de ano novo ...

SUBCAVE APRESENTA:
Steal Your Crown ,
Not Without Fighting ,
Killing Frost e
BulletProof.

Dia 6 de Janeiro, Pelas 21 Horas no Culto Club em Cacilhas ( Margem Sul )


CINE TEATRO CORROIOS apresenta:
A Peaceful Fight
BreakingXThrough ,
These Hands Are Fists e
No Good Reason

Dia 6 de Janeiro, Pelas 21:30 no CINE TEATRO GINÁSIO CLUBE DE CORROIOS!


xSISTERHOODx apresenta:

- Death Is Not Glamorous
- Out Come The Wolves
- Day Of The Dead
e The Youths!

Dia 14 de Janeiro, pelas 16 Horas na Academia de Linda A Velha




MAIS NOVIDADES EM BREVE!

FELIZ NATAL!


A equipa do 4 The Kids deseja a todos os visitantes e colaboradores um Feliz Natal junto daqueles que realmente importam: Família e Amigos! Que dentro de cada um de nós o Natal tenha o seu real significado, porque mesmo aqui, cabe-nos a nós marcar a diferença!

FELIZ NATAL!!!


E um 2007 bem Hardcore para todos!

Killing Frost pela Europa!

Os portugueses Killing Frost têm agendada uma pequena tournée pela Europa no final deste mês.

A banda está na estrada para promover o seu recém lançado EP, "Brain Damage" e tem passagem garantida por países como Bélgica, Holanda ou Alemanhã onde actuarão ao lado de nomes como Restless Youth, Antitainement ou Fucked Up.

"Brain Damage" tem distribuição garantida pela Powered Recs, Light The Fuse Recs e Not Just Words/Crucial Attack Distro.

Promoção (14 de Dez. 2006)

Uma vez que o Hardcore vive-se nos concertos e não por detrás de um computador, aqui ficam os concertos que vão ocorrer neste fim de semana (e não só) e que podem ser merecedores de dar lá um salto:

I CAN C U apresenta:

DEVIL IN ME, BANSHEE e PELINTRAS @ Escola Sec. Dra. Laura Ayres (Quarteira)

Dia 15 de Dezembro às 21 Horas

Um concerto para os meus miúdos aí de baixo e organizado pelos miúdos aí de baixo que muito têm feito para levar bandas ai ao Algarve!


FOR THE GLORY + DEVIL IN ME + TAURINA @ MITICA ACADEMIA DE LINDA A VELHA

Dia 16 de Dezembro pelas 15 H por 5€

Tem For The Glory no cartaz ... não sei quanto a vocês, mas para mim chega-me para ter a certeza que vai ser um concerto do C@R&LH#!

PUCREW apresenta:

ANGEL CREW + Deadly Mind + Steal Your Crown + From Now On @ Culto Bar (Cacilhas - MS)

Dia 17 de Dezembro às 17 H por 8€!

Mais um grande concerto! Uma grande banda lá de fora acompanhada pelas bandas mais desrespeitosas e os meninos do coro conhecidos como FROM NOW ON de Portugal!

Bem, por agora é tudo! Para a semana ou sempre que se verifique necessário vou postando mais novidades!

Info de todas as bandas disponíveis no site: www.myspace.com





Straight Edge ... you can't beat the feeling!


Uma vez que sou Straight Edge há pouco mais de dois anos este é um tema que me é particularmente "querido"! Ainda me lembro da primeira vez que ouvi falar deste movimento ... um cromo da minha antiga Secundária descrevia a cena Edge como um grupo de gajos que não gostavam de prazer e apenas de dor! Hoje sei que esta descrição não merece mais que um grande LOL!

Mas, como o objectivo do blog é informar, e para que os que vierem a seguir a mim possam saber melhor o que se passa para lá dos montes que guardam São Brás de Alportel (para o bem e para o mal) segue um pequeno texto que escrevi para o meu fotolog há uns anos, assim como um conjunto de links que complementam a breve info que vos deixo!

Straight Edge
by Minor Threat

I'm a person just like you
But I've got better things to do
Then sit around and fuck my head
Hang out with the living dead
Snort white shit up my nose
Pass out at the shows
I don't even think about speed
That's something I just don't need

I've got the straight edge

I'm a person just like you
But I've got better things to do
Then sit around and smoke dope
'Cause I know that I can cope
I laugh at the thought of eating ludes
Laugh at the thought of sniffing glue
Always gonna keep in touch
Never want to use a crutch

I've got the straight edge
* Movimento ou ideal de vida, a expressão Straight Edge começou a ganhar importância nos anos 80, em grande parte graças a Ian Mackaye ( ex-Minor Threath )! Com origem nos E.U.A este movimento acabaria por se dispersar um pouco por todo o mundo, sendo que para isso muito contribuiram as bandas que aderiram ao ideal sXe!

De uma forma muito linear o sXe não consome drogas ( ílicitas e lícitas ) e não pratica sexo promíscuo ( casual ). No entanto com o passar dos anos existiram evoluções e hoje, embora não seja parte integrante desta filosofia, o vegetarianismo e o veganismo encontram.se também ligados ao movimento! Surgiu também nos jovens sXe's uma maior necessidade de mostrarem as susa preocupações para com assuntos políticos e ambientais! No entanto, muito passa pela escolha pessoal ( enquanto alguns preferem nem beber cafeína, muitos são os que não vêm qualquer problema em beber o seu cafézinho :P )!

Hoje o movimento/filosofia sXe é uma realidade e é de facto cada vez mais importante que jovens ( e menos jovens ) optem por um estilo de vida livre de drogas ... afinal, o mais importante é sermos capazes de pensarmos por nós próprios!!

LINKS A LER PARA SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO:

Straight Edge Online
Straight Edge em Pt do Brasil

PS: Este texto é meramente informativo! Straight Edge é Hardcore mas não é preciso ser sXe para se "ser" Hardcore! ( o que eu faço para não afastar já o pessoal LOL )

xREMEMBER KIDS, KEEP THE EDGE!x

Era uma vez ...

Na impossibilidade de definir o Hardcore de forma concreta e sem meter lá o meu cunho pessoal, limito-me a transcrever um texto sobre a sua História, assim como os respectivos créditos:

1977. Era uma vez o punk rock. Na Inglaterra velhinhas arrancavam os cabelos com o vocabulário crasso dos Sex Pistols e seu desrespeito pelas instituições da monarquia Britânica. Do outro lado, a juventude inconformista das ruas aclamava o punk como o movimento que finalmente dava voz aos desajustados. Um movimento que permitia que a molecada tomasse o rock de volta para ela, uma música que falava de temas reais, agressivos e relevantes. Enfim, era algo novo, excitante e deles. Mas nem tudo são flores. A indústria cultural viu no punk uma nova oportunidade de ganhar dinheiro, e contratou todos os principais nomes do movimento. Da mesma forma, bandas oportunistas pularam no vagão do punk rock sem ter de fato a essência da coisa no coração. Não preciso nem dizer que em questão de meses o punk estava virtualmente morto, assimilado, diluído dentro do incestuoso caldeirão da mídia e das gravadoras. Mesmo bandas honestas, até mesmo algumas independentes, abandonavam o esporro punk em nome de sonoridades mais "criativas", letras mais "introspectivas", idéias mais "artísticas". O fato é que na inglaterra de 1977, o punk foi a "sensação do ano", e todos sabem que "sensações do ano" não duram mais do que um ano. Foi fogo de palha, e em 1978 a coisa já tinha meio que ido para o brejo. Eu proponho uma brincadeira divertida. Pegue as principais bandas punks da primeira geração que lançaram pelo menos 2 ou 3 discos. Observe como o segundo ou terceiro disco sempre é mais levinho, tem teclados, letras mais "na manha" e arte mais elaborada. Não é por acaso. Mas não foi para o brejo para todo mundo. Se os grandes nomes abandonaram o barco, a mídia e as gravadoras se desinteressaram, a molecada, que deveria ter sido a dona do punk desde o começo se manteve fiel.

O punk foi abandonado pelo sistema (que para cooptá-lo precisou transformá-lo em new wave), e adotado pelos fanáticos, pelos casca-grossa. Fanático e casca grossa justamente são traduções livres para o termo inglês "hard-core". Logo, tanto na inglaterra quanto nos EUA, novas versões mais extremas do punk começaram a aparecer, contrastando com a new wave, o pós punk e todos os subprodutos diluídos do fenômeno original. Na inglaterra, o Oi! , o anarco-punk e o chamado "punk's not dead" (muitas vezes considerado o hardcore inglês), foram as mais célebres facções dessa agressiva retomada aos fundamentos do punk rock.

Já nos EUA, aparecia (especialmente no sul da California e em Washington D.C.) uma vertente violenta, seca e desagradável, apelidada de hardcore-punk. A música era ultra rápida, cada vez mais despida de "rockismos" (solinhos, ranço hard-rock, etc...), agressiva, distorcida. Uma nova batida de bateria, o 2/2 (apelidado de paco-paco) mega-veloz, enterrava de vez o resquício blues 4/4 do rock and roll. Enfim, eram bandas que pegavam o punk, tiravam dele apenas o que achavam essencial, exageravam essa "essência" e jogavam o resto no lixo. Da mesma forma, o público também era "mais rápido", "mais agressivo", e mais jovem. Se em Nova York a cena punk do final dos anos 70 girava em torno de uma elite de junkies sado-masoquistas de 25, 30 anos leitores de Rimbaud e amigos do Andy Warhol, essa nova cena do sul da California era formada por surfistas/skatistas/gangueiros adolescentes com cabeças raspadas, músculos exercitados pelos esportes radicais, brigas e vandalismo, e um ódio mútuo pela polícia mais violenta dos EUA, o L.A.P.D. (departamento de polícia de Los Angeles). Essa galera vinha principalmente de cidades praianas próximas a L.A., e desse pessoal surgem bandas célebres como Black Flag, Circle Jerks, Adolescents, Redd Kross, China White, Bad Religion, entre outros.



Mas antes mesmo de haver o termo "hardcore", ou uma diferenciação entre os públicos "intelectual maduro" e "adolescente tosco" era fácil de perceber que a California era o berço de algo novo, algo mais agressivo, mais direto e mais intenso (vide a discografia). Muitas das primeiras bandas punks de Los Angeles, como Dils, Germs e o próprio Black Flag eram muito mais podres do que qualquer coisa da época em qualquer lugar do mundo. Certo, a política dos Dils era proveniente do esquerdismo do Clash, mas se o Clash era político "às vezes", os Dils eram Marxistas linha-dura. Da mesma forma, o niilismo dos Germs vinha diretamente do Iggy Pop e do Sid Vicious, mas também era exagerado e embebido numa música anos-luz mais agressiva. Já o Black Flag continha praticamente todos os ingredientes da "receita" hardcore.

Até que por volta de 1980, já havia em L.A. uma clara diferenciação entre a galera punk "da antiga" (que havia começado a cena punk local longínquos 3 anos antes), mais velhos, intelectualizados e cada vez mais interessada em propostas estéticas criativas, e o contingente de moleques brutais de cabeça raspada. Ia embora o pogo estilo inglês (pulos no mesmo lugar), e em seu lugar entrava a chamada Slam Dancing (porradaria, stage dives, rodas, etc...). A violência estética finalmente se transformava em violência física, ainda que de maneira "camarada", entre parceiros. Da mesma forma, o ódio à autoridade que existia nas letras punks se transformava em algo real. Shows do Black Flag eram frequentemente perturbados pela tropa de choque, e não era raro haver helicópteros da polícia sobrevoando os locais (cordões de isolamento e gás lacrimongêneo então eram lugar comum). Ainda na Califórnia, mais ao norte, em São Francisco, uma banda com um nome extremamente chamativo começava a se destacar. Eram os Dead Kennedys, com um punk agressivo como o de L.A., extremamente irônico e politizado, e com idéias musicais das mais variadas (influência de Surf Music, Jazz, Rockabilly, trilhas sonoras de faroeste, etc...). Os shows brutais, o som rápido e violento e a política radical, certamente faziam deles dignos representantes do tal "hardcore-punk".

No outro extremo do país, em Washington D.C., uma banda chamada Bad Brains estava, desde 78/79 fazendo um punk rock totalmente novo, mais rápido e sem regras. Ao contrário da maioria dos punks americanos, os Bad Brains eram negros e até ouvirem discos dos Sex Pistols, Ramones e Damned, tocavam Jazz-Funk. De qualquer maneira, havia uma força sobrenatural unindo-os com seus comparsas californianos, e já em 1979 o som da banda era rápido o suficiente para ser chamado de hardcore até hoje. Em volta dos Bad Brains, surge na cidade uma turma de punks adolescentes que tinham muito a ver com a galera de L.A. de que falávamos acima, com a diferença de serem mais pacíficos e não beberem nem se drogarem. Dessa galera surgem várias bandas, em especial os Teen Idles e o S.O.A.. Pois em 1980, os Teen Idles vão tocar na Califórnia, assistem os Circle Jerks e os Dead Kennedys, vêem seus primeiros stage dives, fazem amigos e voltam para Washington sentindo-se totalmente identificados com o que rolava em L.A. Junto com a banda foi o amigo nº1 deles, o vocalista do S.O.A., Henry Garfield. Henry, cerca de um ano depois entraria no Black Flag, mudaria seu nome para Henry Rollins e se transformaria em um ícone do hardcore (e, anos depois, rockstar e ator de filmes ruins). Já os Teen Idles acabam no final de 80, se transmutando numa nova banda, o Minor Threat, que rapidamente iria se tornar tão importante quanto as bandas californianas que os inspiraram.



A turma de Washington levou para casa elementos estéticos e musicais da cena californiana, tais como a cabeça raspada e o "slam-dancing", e conforme foram ficando conhecidos, o vírus do hardcore se espalhou pela costa-leste, contaminando em especial lugares como Boston e Nova York. Um episódio interessante foi o show do Black Flag em NY, 1981. Toda turma de Washington foi para lá prestigiar os figurões californianos. No dia seguinte, o célebre crítico Lester Bangs comentava no jornal a presença de uma horda de carecas feios e rudes com um jeito de dançar extremamente agressivo.


De qualquer maneira, em 1980 saem os primeiros LPs dos Dead Kennedys e dos Circle Jerks e em 81 sai Damaged, o clássico do Black Flag e o primeiro EP do Minor Threat. Numa América onde havia apenas focos de infecção (na Califórnia e em Washington), surge uma verdadeira inflamação generalizada de bandas rápidas, agressivas, directas e mal-educadas. O hardcore toma conta da América, e o país têm sua primeira verdadeira explosão punk (já que em 77 os americanos preferiram John Travolta e a disco). Em Chicago (Necros, Effigies), Minneapolis (Husker Du), Texas (D.R.I., Dicks, Big Boys), Boston (SSD, Jerry's Kids, F.U.s), NY (The Mob, Urban Waste, Beastie Boys), Detroit (Negative Approach), Reno (7 Seconds), Seattle (Fartz), Portland (Poison Idea)... de todos os rincões da América emergiam bandas e mais bandas desta que era até então a música mais agressiva, contundente e perturbadora jamais feita pela raça humana, e com essas bandas surge todo um circuito de gravadoras independentes, fanzines, e organizadores de shows que persiste até hoje, livre da nefasta influência corporativa.


em A História do Hardcore

Este texto é apenas uma versão muito diminuta sobre a História desta cena! Não pensem que ficam a saber tudo apenas com isto ou que já são os maiores da vossa escola só pk já ouviram falar de duas ou 3 bandas da "cena"! Sejam humildes e interessem-se pelas cenas ... descubram as origens daquilo que gostam ... respeitem o passado e viverão muito melhor o presente sempre com os olhos no futuro!


FVK ( Cro Mags ) @ Culto, Cacilhas

Para não pensarem que isto do Hardcore é só discursos chatos aqui vai uma amostra de FVK (Fearless Vampire Killers) com membros originais de Cro-Mags a interpretar as músicas do álbum Age Of Quarrel (faz 20 anos que foi lançado)! Esta gravação foi do Concerto em Cacilhas no Culto onde tiver o prazer de estar presente ... sem dúvida o melhor onde estive até hoje!

Enjoy ;)



+ info sobre Cro-Mags no SITE OFICIAL ou na WIKIPÉDIA



Sobre o Hardcore by Pateta

4 de Dezembro de 06
Algures entre SBA e Lisboa

O xP0G0x pediu-me para escrever um texto para o seu blog, e aqui estou eu a dar largas à imaginação e falar sobre a minha “experiência” no Hardcore! É com especial carinho que o faço, uma vez que estive presente no primeiro concerto do xP0G0x assim como assisti ao processo criativo que o levou à criação deste espaço. Fico feliz por saber que há pessoas que se preocupam em espalhar a sua cena, ainda mais, quando o fazem sem querer impor aos outros as suas convicções … aliás, eu conheço o xP0G0x há bastante e sei que não é esse o seu objectivo … ele não quer ser um professor do HxC, nem ganhar pontos da cena e ser mais conhecido que X ou Y … ele faz isto porque vive o Hardcore e porque hoje, vivendo fora de São Brás, compreende, melhor do que nunca, que deve muito a esta terra e que está na altura de lhe retribuir! Como? Tentando mostrar outras cenas para além das que habitualmente chegam às mãos (e ouvidos) da juventude de SBA.

Mas falemos da minha experiência, que foi isso que o poguinho me pediu. Comecei nestas coisas do Hardcore há cerca de dois anos. Sempre tive um gosto pelo estilos de vida mais alternativos, é certo, mas até então tinha-me ficado pelo hard rock e metal nas suas mais variadas vertentes. Se havia mais pessoal a ouvir estes estilos ainda assim não eram muitos. É, no entanto, importante reconhecer a importância que este início teve na transição, mais tarde, para o Hardcore. Aliás, isso é a prova que ninguém nasce ensinado … mas adiante, nas minhas divagações por entre o mundo mais negro da música ( LOL? LOL ) o xP0G0x ( na altura só P0G0 ) lá me falou um dia de um concerto que ia haver no Satori com uma ou duas bandas Hardcore. Ele, como os seus sempre importantes contactos (e o pessoal que o gozava por ele passar mais tempo na net do que com pessoas a sério … mal sabiam eles que este investimento de tempo resultou hoje em grandes Amizades) tinha ficado a saber do concerto através do Jorge, um jovem de Faro com um gosto bastante eclético a nível musical mas a quem muito devemos no que diz respeito à nossa “iniciação” no hardcore! Devo dizer que me lembro como se fosse hoje … o P0G0 tinha carta há umas duas semanas e a sua condução não era famosa, por isso lá fomos ainda de tarde para testar o caminho (quem já á foi sabe como é fdd dar com aquilo)! Mas lá démos com aquilo e à noite lá estivemos presentes. KONTRATTACK e FOR THE GLORY foram assim as primeiras bandas Hardcore que vimos ao vivo, ainda sem saber bem do que tratava. Mas as músicas eram catchy e apesar da agressividade entravam no ouvido carregadas de sentimento … ainda nem conhecíamos as letras mas as músicas carregavam em si mesmas uma carga ao qual não ficámos indiferentes! Além disso, o público era diminuto (5 ou 6 pessoas) mas ainda assim nem por um minuto deixaram de curtir (de certa forma foi tbm o primeiro contacto com o slam dancing … o xP0G0x tbm ainda há-de falar sobre isso) e sentimos naquele momento que aquilo que era importante : um grupo de amigos a curtir um concerto como se não houvesse amanhã (em todos os concertos de metal a que tinha ido nunca tinha sentido isso).

Terminado o concerto lá voltámos a SBA, maravilhados com tudo aquilo. Lembro-me bem das primeiras tentativas a fazer moves em frente à Igreja de SBA tentando imitar o que havíamos visto!

O facto é que o tempo foi passando e desde então devemos ter assistido a dezenas de concertos. Desde a concertos locais com bandas da zona até a bandas que podemos considerar ícones do HC: Kontrattack, Pointing Finger, Devil In Me, For The Glory, Day Of The Dead, 25 Ta Life, Just Went Black, Death Before Dishonor, Ramallah e os grandes CRO MAGS!

Desde então o Hardcore tem feito parte da minha vida. Os últimos dois anos foram de mudança extrema, alegrias e tristezas, e sempre junto dos meus amigos com Hardcore à mistura. O xP0G0x tornou-se Straight Edge e mantém-se convicto na sua decisão … eu não sou propriamente edge mas também abri os olhos para muita coisa. Hoje sou eu que mando na minha vida … não são as rádios, as tv’s, os morangos com açúcar e as suas modas … sou EU e apenas EU! Afinal … é isso que o Hardcore nos ensina, a sermos nós próprios. É claro que o meu estilo já valeu alguns problemas, mas como os FTG dizem numa música: You may have chosen another path to go, but that doesn’t make you better them me!

ABRAM OS OLHOS, ABRAM OS VOSSOS ESPÍRITOS! NÃO SE ACOMODEM!

HARDCORE, AGORA E SEMPRE!

por Pateta Mars

No início era assim ...

Nascido em Lisboa nos idos anos de 1986 vim ainda recem-nascido morar para esta vila entre a serra e o mar! Foi aqui, em São Brás de Alportel que cresci, fiz os meus primeiros amigos, inimigos, tive os meus primeiros amores e com eles, os meus primeiros dissabores ... foi nesta terra que eu plantei as sementes dos frutos que hoje estou a colher ... foi aqui que me tornei no que hoje sou!

E o que sou eu hoje?

Um miúdo com sonhos e esperanças! Um miúdo que optou por seguir outro caminho que aquele do facilitismo e comodismo ... em tudo! E daí o meu estilo de vida ... e daí a minha paixão: O HARDCORE!

Lembro-me bem do meu primeiro concerto com bandas hardcore! Foi o Fuck The Techno Fest no Satori (em Querença)! Depois de alguns anos a ouvir rock, hard-rock e metal, ouvir aquelas bandas trouxe uma lufada de ar fresco aos meus ouvidos! A música era rápida e agressiva, a mensagem directa e real ... e esse foi apenas o primeiro de muitos concertos a que fui!

Depois de alguns anos a receber do Hardcore, achei que tinha chegado a altura de dar algo também ... e o mesmo se aplica a SBA! Talvez muita da juventude desta vila não se interesse porque não teve a sorte que eu tive de conhecer as pessoas certas na altura certa ... isso, combinado com alguma curiosidade permitiu-me estar cá hoje a escrever este post, na esperança de poder mostrar ás pessoas de SBA o que HARDCORE significa! Acreditem, há mais no mundo para além do Zé Dias ou da geração morangos com açucar ...

e cabe a vocês descobrir esse mundo!

AGORA E SEMPRE: HARDCORE!

na foto da esquerda para a direita: Porno, Lash, Rick Ta Life (vocalista de 25 Ta Life), Mars; em baixo: eu aka xP0G0x